Logo a abrir o mês de Outubro, como que numa reacção epidérmica, a blogosfera teria – uma vez mais – “muito a dizer”, neste caso a propósito das críticas veiculadas por António Costa e Pacheco Pereira no programa televisivo “Quadratura do Círculo”, culminadas com os qualificativos de “submundo” e “lixo”. Tantos poderiam ser os exemplos, que a maior dificuldade é a de seleccionar alguns, excluindo outros. Aqui fica uma pequena amostra:
– Tomás Vasques – Hoje há conquilhas amanhã não sabemos (aqui, aqui, aqui e aqui)
– Paulo Gorjão – Vox Pop (aqui e aqui)
– Rui Vasco Neto – Sete vidas como os gatos
– Pedro Correia – Corta-Fitas
– Valupi – Aspirina B
– Paulo Pinto Mascarenhas – Atlântico
– José Pimentel Teixeira – Ma-Schamba
A 4 de Outubro dá-se o regresso do “Bandeira ao Vento“, de José Bandeira – «Blogues são como ostras: eles abrem e fecham.»
Para, no dia imediato, ter o seu início o novo País Relativo, regressando à blogosfera três anos e meio após a suspensão do País Relativo original – com uma vasta equipa, formada por André Salgado, António M. Costa, Filipe Nunes, Hugo Mendes, João Jesus Caetano, João Pinto e Castro, Mariana Trigo Pereira, Mariana Vieira da Silva, Miguel Cabrita, Pedro Delgado Alves, Pedro Machado, Rui Branco, Sílvia Sousa e Tiago Barbosa Ribeiro (que, em paralelo, encerrava a publicação do Kontratempos).
No dia 7 surgia o “carrinho de choque, blog de um escritor que não gosta de conduzir“, de Hugo Gonçalves.
A 8, em crónica publicada no Correio da Manhã, o Juiz Desembargador Rui Rangel abordava a questão “O blogueiro anónimo” (uma réplica a este artigo na “Grande Loja do Queijo Limiano”, da autoria de “José”…):
Neste mundo global, ninguém questiona as virtualidades e as vantagens dos blogues, enquanto ferramenta multifuncional que promove uma nova forma de comunicação, uma forma de expressão completamente livre. De facto, quando o blogue é usado correctamente constitui um importante instrumento de debate público, de debate pertinente e sério, prestando um bom serviço ao exercício da Democracia.
Mas o blogue que permite que a grande maioria dos bloguistas se refugie no anonimato não é sério, nem presta um relevante serviço à sociedade. […] Mas também sei que esta característica específica dos blogues, assente no anonimato, tem servido para proteger gente cobarde e mesquinha, que se refugia nesta forma de comunicar para vinganças pessoais, para ofender a honra e o bom-nome das pessoas que dão a cara e que não têm medo de pôr a assinatura em tudo o que fazem. […]
O blogueiro anónimo é, infelizmente, também juiz. […]
…Que teria a sua tréplica aqui.
Na categoria "Blogosfera" em 2008